quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Após confrontos, Mubarak rejeita apelo para transferir poder já no Egito

Após confrontos, Mubarak rejeita apelo para transferir poder já no Egito

Obama e outros líderes pedem transição imediata no país em crise política.
Partidários e opositores do regime enfrentaram-se no Cairo, e há feridos.

Do G1, com agências internacionais
O governo do Egito rejeita os apelos de líderes estrangeiros para uma transição política imediata, disse nesta quarta-feira (2) o porta-voz da chancelaria do país, Hosam Zaki.
Vários lideres, Barack Obama à frente, pediram ao contestado presidente Hosni Mubarak que comece já a transmitir o poder, após nove dias de violentos protestos populares que deixaram mais de cem mortos.
O objetivo destes apelos, segundo comunicado, é "inflamar a situação interna do Egito".
O anúncio foi feito pouco depois de  manifestantes favoráveis e contrários a Mubarak terem entrado em violento confronto na Praça Tahrir, no centro do Cairo (assista acima ao relato de Ari Peixoto, enviado da TV Globo, que estava na praça).
Os grupos de oponentes jogaram pedras uns nos outros na praça, foco do movimento antigoverno dos últimos dias, sob os olhares dos militares, que não interferiram.



Partidários de Mubarak partiram com cavalos e camelos contra os oposicionistas, antes de terem sido obrigados a desmontar, segundo testemunhas.
Dezenas de pessoas ficaram feridas e sangrando, segundo testemunhas, e estavam sendo retiradas do local.
A oposição acusou policiais de terem se infiltrado no local, rompendo o cerco dos militares, disfarçados de partidários do governo, neste que é o nono dia de protestos contra o regime de Mubarak. Na TV estatal, o Ministério do Interior negou a acusação.
Oposicionistas disseram que, apesar do confronto, não deixariam a praça, em que estão acampados nos últimos dias.

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